quarta-feira, 31 de outubro de 2012


Quando você se lembra de infância você se lembra de brincadeiras, machucados, inocência, felicidade com pouco, e é claro, desenhos. Desenhos que fizeram parte da infância de todos nós, que nos colocaram um sorriso no rosto por ver um episódio inédito, que tirou tantas mães do sufoco quando seu filho não parava quieto, apenas apertando um botão e toda a calmaria vinha. Mas essa "solução" virou muito típica e foi se repetindo  repetindo  repetindo  e acabou que um programa de televisão teve um papel mais importante em suas vidas do que o da família. Posso dizer que a maioria de nós já sentimos aquele nó na garganta, aquela mágoa ao ouvir um "Fale depois, agora quero ver a novela!". E o depois? O depois sempre chega, mas quem vai embora é a sua animação em contar um fato talvez nem tão importante, mas que te deixaria melhor se compartilhasse com alguém que você goste. Típico mesmo virou segui-la, venerá-la, acreditar nela e suas grandes ilusões de um mundinho perfeito. Vai lá, engravida na flor da idade, seu príncipe charmoso de olhos azuis some. Vai lá, corte o cabelo como aquela moça linda do comercial cortou, para daqui alguns meses você se odiar por ter feito isso, porque agora a nova moda é totalmente diferente dessa. Fazendo você se sentir diferente, mas não daquele jeito bom, do pior jeito possível. Não acredite nisso, não acredita em nenhuma mentira que essa monstruosidade te falar. Mas você sabe que o culpado por isso é você, porque você só assiste porque quer. Não podemos deixar a televisão carregar toda essa culpa em cima dela, na realidade, a culpada nem é ela. Quem é então? É a programação, é o lixo que está sendo transmitido, é uma garota em frente às câmeras exibindo seu corpo e sendo considerada um exemplo de vida. Não podemos esquecer dos telejornais. Eles transmitem violência? Não. Eles transmitem realidade, e é exatamente isso que precisa ser mostrado as pessoas. Existem pessoas morrendo de fome, sendo assassinadas, roubadas, crianças sendo violentadas sexualmente, filho matando pai, pai matando filho... uma série de desgraças. É horrível ver isso, mas precisamos lembrar que, infelizmente, é nesse mundo que vivemos, não podemos ficar sonhando com um conto de fadas, porque se você perder seu sapatinho de cristal, ninguém irá correr a cidade inteira o enfiando nos pés de outras mulheres tentando descobrir quem é a dona dele. No mínimo irão pegar e vender para comprar sei lá o que. Pode ser raro, mas podemos aprender com a televisão também, podemos finalmente achar um canal, suspirar e dizer "Finalmente! Alguma coisa que presta." A cultura também é incluída no guia da programação. O problema é que eles passam esse tipo de programação quando sabem que têm poucas pessoas assistindo, para aproveitar o tempo em que todas assistem para passarem o reality show ou aquela novela do momento. É triste, é muito desanimador. Só que você pode mudar isso, porque um programa que não é assistido, é tirado do ar.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sabe a minha vontade? De escrever o maior texto do mundo só pra você se matar em ler bichamá/ Sabe de outra coisa também? Eu não vou conseguir porque além de estar com a bexiga cheia, eu não tenho o mínimo de criatividade. BUTTTTTTT, LET'S GO IHUL. Três anos... tem noção de quanto tempo é isso? 1095 dias(Calculadora, te amo). 1095 dias de babaquisse, de risadas alheias, de piadas idiotas. O que eu mais queria é estar comemorando contigo agora, fazer até um bolinho com uma velinha de 3 em cima, sabia?? Eu queria mermo, mas não posso. Não posso porque existe uma filha da puta chamada distância, que me impede cada vez mais de te ver, de te perturbar, de te fazer rir, de te incomodar, de te tocar. Eu não sou fofa, nem carinhosa, nem essas coisinhas aí que as meninas usam pra agradar os outros(Lê-se: peitos n) Mas eu não preciso disso, não preciso ser perfeita, não precisa ser princesinha... sabe por que? Porque você me ama de qualquer jeito, é... Ok, começando sério. Quem diria, né? Naquele dia de abril de 2009, campenguisse nos corroendo até o último fio de cabelo, eu num tédio eterno, comentei numa foto, você me adicionou, e agora 3 anos se passaram desde que isso aconteceu. É meio que inacreditável, eu nunca imaginaria isso, mas agora eu não consigo mais imaginar a minha vida sem você. Agora eu só imagino nós, velhinhas, ainda falando as nossas asneiras, rindo quase morrendo porque nem conseguimos mais respirar de tanta velhice n. É difícil encontrar alguém que te dê segurança, que te dê apoio em todos os momentos da sua vida, que é a única que te faz rir quando você tá pensando que vai morrer. Eu nem sei ainda como você não desistiu de mim, como você me suportou em todo esse tempo, como você consegue ser tão idiota a ponto de me fazer vomitar de tanto rir. Lembra dos momentos? Lembra das brigas que duraram no máximo um minuto? Lembra do passado, que maravilhoso era? E o presente, continua perfeito, porque eu tenho você. Então, por favor, nunca me deixe, pra que meu futuro seja contigo. Um dia, obviamente, todos nós iremos seguir nossos caminhos, correr atrás de nossos sonhos, nossos caminhos podem se distanciar, assim como podem se encontrar também. Um dia, esse mundinho fake, esse mundinho virtual, não existirá mais. Ou apenas nossos perfis não existirão mais. Mas Camiriana permanecerá, em nossos corações. Essa amizade sempre estará aqui comigo, sempre estará me guiando pra longe da escuridão, e meu coração sempre pertencerá a você. Um dia, mesmo não estando mais juntas, iremos lembrar uma da outra. Iremos lembrar de tudo, iremos sentir uma saudade imensa, iremos sentir uma lágrimas caindo dos nossos olhos e rastejando sobre nossos rostos. Lembraremos de tudo que passamos, te tudo que não podemos passar, juntas. Iremos sentir um aperto no coração, mas lembraremos que a chama que acende a nossa amizade, nunca se apagará, sempre estará acesa. Fazendo com que ela seja eterna, fazendo com que nós sejamos a prova de que nada é impossível, e sim, o eterno existe. E a eternidade é resumida em um amor, em uma junção de nomes, em uma amizade: Camiriana. Que começou a tanto tempo, e durará até o dia em que nossos corações não poderão mais bombear. Ou até além disso, porque é um amor além da vida, é sobrenatural... é muito nós! "Nós" que poderia ser descrito como loucura, insanidade, mas que eu descrevo como amizade verdadeira. Amizade assim, que não são todos que tem uma igual, na verdade... acho que só nós mesmo temos uma amizade assim. Aberta, sem segredos, sem vergonhas, sem medo do que tem pra falar. E falamos cada coisa, né? Muita nojeira, muitas almofadas!!!! Muita coisa, coisas que poderíamos reescrever e escrevermos num livro, um livro que só nós poderíamos ver, porque... pra entender a gente, PORRAN, só a gente mesmo. E também, ninguém mais poderia saber das almofadas. Tantas merdas faladas, tantas nojeiras, tantos "tô com vontade de cagar, abre a boca", tanta conversa sobre nossas genitais e nossas fezes... que porra somos nós? Ninguém saber dizer ainda, mas eu posso afirmar: nós somos perfeitas, e os outros que se fodam. Vamos lá, vamos ligar a tv, tá passando Linha Direta, quero ver o caso da menina que foi estuprada pela prima e virou lésbica. Vamos ver a baleira encalhada na areia. Onde?? Naquela direction! Posso te dizer uma coisa? Matt belongs to amendoim. Mas e aí, quer paçoca? Peraí, tô transando com a minha namorada. Ah tá, desculpa, achei que tava só ouvindo Akon Bacon naquele beco. Quer saber?? Os melhores momentos da minha vida, eu passei sim contigo, não importa essa merda de distância, porque ela pode ser quebrada, e já foi... com o poder da nossa amizade. Uma amizade tão preciosa, tão invejável. Eu nunca soube o que responder quando me perguntavam "Do que você tem mais medo?", mas agora eu tenho mais do que certeza, que o meu maior medo é de te perder. Porque eu sei, que se eu te perder, eu estarei perdida também. Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações. Pois boas lembranças, são marcantes, e o que é marcante nunca se esquece. Uma grande amizade, mesmo com o passar do tempo, é cultivada assim. Se eu morrer antes de você, faça-me um favor: chore o quanto quiser, mas não brigue comigo. Se não quiser chorar, não chore; se não conseguir chorar, não se preocupe. Se tiver vontade de rir, ria. Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão. Se me elogiarem demais, corrija o exagero. Se me criticarem demais, defenda-me. Se me quiserem fazer uma santa, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santa, mas estava longe de ser a santa que me pintam. Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser boa e amiga. E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase: "Foi minha melhor amiga, acreditou em mim e sempre me quis por perto!" Aí, então derrame uma lágrima. Eu não estarei presente para enxugá-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar. Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo. Mas, se eu morrer antes de você, acho que não vou estranhar o céu. Porque ser sua amiga, já é um pedaço dele. "Sentados conversando na beira do mar, as risadas quando a gente não sabia o que falar. Você me apareceu, foi como um sonho e hoje eu sei que foi você quem fez o meu mundo girar" Lembra disso? É meio que impossível de esquecer. Impossível de esquecer, como é impossível de eu esquecer tudo que passamos, impossível de sentir raiva de ti, impossível não te zoar todo o segundo. Eu nunca disse coisas fofas, sempre digo que te odeio, te xingo pra caralho, mas você sabe que isso é o significado de uma amizade verdadeira. Porque essas amizades cheias de frufru, cheias de awwwwwwwn, acabam em meses. E eu não quero isso pra nossa, porque eu sei, eu tenho certeza, que ela irá durar; pra sempre. Desculpa se as palavras não estão saindo boas como o planejado mas... desculpa o caralho, as palavras são minhas e eu escrevo o que eu quiser ok. Mas saiba que, mesmo que esse fosse o maior texto do mundo, ou que tenha as palavras mais belas encontradas no dicionário, mesmo assim, não poderia descrever o que eu sinto por ti. Porque "Camiriana", não pode ser descrito, porque quem se descreve se limita. E limites? Nós realmente não sabemos o que é isso. Sempre ultrapassamos as barreiras da idiotice, da babaquisse, de tudo. CUZ, BIATCH PLS, WE'RE FABULOUS. (Texto escrito para o aniversário de 3 anos de Camiriana.)

domingo, 7 de outubro de 2012

Você percebe que está crescendo quando não confia mais em qualquer um.
Você percebe que está crescendo quando suas bochechas cor-de-rosa desaparecem.
Você percebe que está crescendo quando suas caras e bocas não fazem mais seus familiares terem um "ataque de fofura".
Você percebe que está crescendo quando os livros substituem o lugar dos seus antigos bichos de pelúcia na sua estante.
Você percebe que está crescendo quando fica com medo do que lhe espera no futuro.
Você percebe que está crescendo quando prefere ficar em casa se enterrando em livros e séries e ficar tomando café ao invés de sair com os outros.
Você percebe que está crescendo quando não sente mais ciúmes dos seus irmãos e primos mais novos.
Você percebe que está crescendo quando aquele frio na barriga pelo medo de crescer vem atacar você.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Eu lembro dos meus primeiros textos para você… eram felizes, esbanjavam felicidade apenas pelo fato de eu te amar, eram pequenos, pois não precisava de muitas palavras pra descrever isso, esse amor. Com o tempo passaram a serem mais infelizes, mais tristes, dizendo como isso está me machucando, com milhares de linhas apenas para explicar essa dor que se passa em meu coração. Eu não consigo senti-lo agora, na verdade, a única coisa que me lembra que ele ainda bombeia, é a dor. A dor que eu carrego a muito tempo, e ninguém sabe de nada, quando sabem, não sabem o porquê. E por que isso? Não vou te culpar, tenho certeza que a última coisa que você iria querer ver é uma fã sofrendo por sua causa. Mas é isso, não sei se fã é uma palavra que se encaixa bem para me denominar, eu não sei qual poderia ser… obssecada? Bom, talvez não. Admiradora? Eu não sei, simplesmente não sei. Só sei que, é tão bom esse sorriso brilhar no seu rosto, é tão bom ver você feliz, ver seus olhos transmitindo coisas boas pra mim. Eu já sonhei tanto com você… mesmo acordada. Talvez esse seja o jeito como eu mais sonhe com você, imaginando eu entrelaçar meus braços ao redor do seu corpo, pra sentir o seu abraço, pra sentir a sua pele tocando a minha, pra sentir o seu doce cheiro, pra dizer que te amo além da vida, além de tudo, mesmo que eu ganhe apenas uma frase ou um abraço em troca, eu seria a pessoa mais realizada do mundo. Por que? Porque só pelo simples fato de você existir, isso já deixa o mundo melhor, porque quando você passa, as flores ficam com a aparência mais bela, mesmo sendo ofuscadas com o poder da sua beleza, o céu fica limpo e azul, o brilho do sol nem tem comparação ao de seu sorriso, o vento se transforma numa doce brisa que toca seus cabelos e os balançam, levando a fragrância deles para tocar o coração de todos. Tudo fica bem com o suave som da sua voz, tudo que estava quebrado se reconstrói, toda a fé perdida volta para mim, toda a felicidade arrancada do meu coração volta em forma de um sorriso no rosto e lágrimas nos olhos. Eu não sei explicar isso, me desculpe, não quero te decepcionar, não quero ser apenas mais uma fã que você conhece um dia e esquecerá depois. Toda noite antes de cair no sono eu penso em você, eu penso em como seria maravilhoso poder acordar e ter a certeza de que o dia ficará bem, porque eu veria você, eu passaria o dia inteiro contigo, conversando, nos abraçando, nos provocando, rindo… ah, essa sua risada. Pra que coisa mais preciosa no mundo do que a sua risada? Não existe, simplesmente não existe. A graça dela é como uma canção de ninar para meus ouvidos, tudo que era cinza se transforma em cores quando você solta essa risada gostosa. É difícil, e ninguém sabe como isso está doendo em mim, mas, eu sei que se eu acreditar em mim mesma, eu não precisarei do apoio dos outros para me confortar. Aprendi isso com você, aprendi tantas coisas com você. Como eu não posso me rebaixar por coisas pequenas, quando eu falho, como não posso desistir, como não posso ficar no chão quando as pessoas me derrubam, como nada é resolvido com a agressão, e sim com um sorriso enorme e verdadeiro na frente daqueles que te querem o mal. Eu devo tudo a você, você foi quem me ensinou o que é amar, porque, mesmo isso ardendo em meu coração a muito tempo, isso me ensinou a crescer, a amadurecer, a melhor entender a mim mesma, a enxergar o mundo com os olhos da realidade, não com as lentes cor-de-rosa que costumávamos ter. Era tudo tão fácil, não era? Tudo tão simples, tão inocente, tão… precioso. E eu perdi isso, todos nós perdemos um dia, mas o meu dia chegou muito cedo, infelizmente. Mas obrigada, obrigada por existir, obrigada por me fazer feliz, obrigada por me dar toda essa fé, essa força, essa garra, por me colocar esse sorriso no rosto. Obrigada, Demetria. Por tudo.

Eu nunca irei me cansar de você, eu sei, eu falo o contrário disso quase todos os dias, digo que cansei, cansei de você, desse sentimento, cansei de sofrer, cansei de te amar. Mas isso nunca acontecerá, e isso me deixa triste. Não quero que você suma da minha vida, muito pelo contrário, quero que você permaneça, mas aqui, do meu lado. Só que a cada dia que passa torna-se mais vísivel que isso não possível. E talvez toda a razão de eu querer te esquecer, querer parar de te amar, seja isso… porque eu não quero mais sofrer. E talvez tudo isso seja a nova porta que eu precisarei atravessar e encontrar um novo presente, uma nova vida. Quem sabe Deus fez para mim outra pessoa que não seja você, quem sabe os nossos destinos separados seja a melhor opção mesmo, quem sabe… Ninguém sabe, infelizmente não, porque respostas é o que eu mais quero, e o que eu menos recebo. Toda esse minha teoria é verdadeira? Ou é apenas a dor do momento que fixa em meu coração e minha mente, dizendo mentiras apenas para eu abandonar esse amor. Essa coisa tão linda, tão pura, tão verdadeira. Eu sei que nem todos acreditam nisso, eu sei que nem todos apoiam, mas, quem se importa? Nem mesmo eu estou mais fazendo muita força pra me levantar desse abismo que cai. Esse abismo que eu conheci na primeira vez que vi seu rosto, eu estava lá, na ponto, em uma boa distância, uma distância segura, eu sabia que não cairia tão fácil. Mas eu fui me aproximando com o passar do tempo, e aproximando, e aproximando, e aproximando… até que, com o empurrão do amor, eu caí. Eu caí, eu me levantei, mas quando eu vi, eu já estava fundo demais, eu já não encontrava mais saída, e agora estou presa. Presa nesse mundo de pensamentos, de agônia, de dor, de energias negativas, de pensamentos positivos que já se transformam em negativos. Eu quero sentir o seu cheiro preso na minha pele, quero acordar sentindo seus cílios passando pelo meu rosto e seus lábios roçando os meus, quero ouvir você cantando baixinho trexos de “Wake me up”, quero saber que pra você eu sou a única, assim como você é o único pra mim. Quero que esse nosso amor cresça a cada dia que passa, que nem a barreira da distância nos derrube, quero ficar num domingo preguiçoso embaixo da coberta com você, assistindo filmes antigos e tomando chá. Quero que você acorde com o cheiro de café que preparei, quero passar o dia inteiro com você, não importa aonde, não importa se nenhuma palavra sair pelas nossas bocas, eu quero estar com você. Quero sentir seus dedos se entrelaçando nos meus, quero sentir o calor que o seu corpo transmiti enquanto me abraça. Quero você. Preciso de você. Amo você.


Observe-a dormindo... parece tão vulnerável, tão pequena aos olhos do mundo. Suas expressões sérias somem enquanto ela aproveita o momento em que pode viver em seus sonhos. Será que ela pode viver assim para sempre, no seu mundo repleto de sonhos que ela teve durante os seus poucos 13 anos de vida? Ela viverá mais em paz, vai mostrar todos os seus sorrisos que guardou, vai mostrar toda a felicidade que ficou escondida por trás da sua máscara de seriedade. Mas não, ela não pode, ela precisa enfrentar o mundo assim, escondendo o seu lado doce, o seu lado sensível, inocente... pois ela não quer se iludir para a verdade ser esfregada na sua cara depois. A vida real não é um pesadelo, antes fosse! Pois pesadelos são apenas sonhos ruins, que podemos acordar deles a qualquer instante, e se a vida for realmente um pesadelo, ele parece ser eterno, daqueles que te prendem e que nada poderá te soltar. Mas então por que ainda temos tantos sonhadores? Porque dentro de seus olhos cinzas e cansados, ainda há esperança nos olhos das pessoas, ainda há fé.

sábado, 18 de agosto de 2012

Ei! Então, lá vem eu com esse papinho de “quanto tempo eu não lhe escrevo”, mas é, faz muito tempo que eu não faço isso. Meses… mas parece muito mais do que isso. Talvez eu até esteja um pouco orgulhosa de mim por não lhe escrever esse tempo todo, contando que eu escrevia pra você quase todos os dias. Eu desisti? Não, não mesmo. Até porque eu desconheço o significado dessa palavra, ainda mais quando é direcionada a… ‘isso’, digamos. “Isso”, porque eu não sei mais do que o nomear…. amor? Obsessão? Loucura? Ódio, talvez? Ilusão? Sonho. Esse sonho, me perseguindo à 2 anos, anos estressantes, anos de tédio, anos de lágrias, anos de ilusões. A ilusão de sonhar em ter-te aqui, a ilusão de sonhar que quando eu acordar, a primeira coisa que eu veria seria o seu rosto. Eu odeio isso, eu odeio te amar, eu odeio te amar a ponto de tentar te odiar. Entende isso? Nem eu, por isso que eu não aguento mais isso. Eu não me entendo mais, menos do que entendia antes. Eu não sei mais o que eu estou sentindo, não sei mais o que eu estou falando, não sei mais controlar meus pensamentos. Eu não deveria estar fazendo isso, jogando tudo pra fora, como as pessoas dizem. Porque, ao contrário do que elas falam, isso é horrendo. Não te faz esquecer, muito menos resolve alguma coisa… só te faz lembrar de tão merda que isso é e te deixa pior ainda. Chorando, debaixo dos cobertores, tentando se aquecer nesse frio de julho, tentando desviar meu pensamento de você aqui pra levar esse frio embora, soluçando entre as lágrimas, pensando em milhares de coisas, mas coisas que sempre me levam a uma pessoa: você. Eu nem sei mais se meus textos se referem a você, ou o que eu sinto e odeio sentir isso. Os dois, talvez. Eu juro, eu já tentei te odiar… mas quem disse que funciona? Eu já tentei te odiar, eu já disse que te odeio, eu já te odiei, mas sei lá, por uns minutos? Mas o único motivo por eu ter sentido isso, foi porque eu te amo mais do que qualquer coisa nesse momento. Porque não importa o que eu esteja fazendo, algo sempre me faz lembrar de você. Mas de um modo bom, um modo que me deixa feliz, um modo que me faz rir igual uma boba só de lembrar dessa sua carinha. Eu me lembro a primeira vez que eu vi ela, eu sabia que eu não devia me importar, eu sabia que eu não devia me envolver, eu sabia que eu ia arranjar problema… mas parece que essas coisas me atraem: coisas que fazem acabar com a minha vida. Eu me importei, eu me envolvi, eu me meti em problema, EU ME APAIXONEI. Eu nem por um segundo desviava o meu pensamento de você, nem por um segundo eu quis isso, mas agora, eu quase imploro pra acontecer isso, pra você sair da minha cabeça; e do meu coração. Eu queria poder te fazer rir, eu queria poder ouvir essa risada bem perto de mim, eu queria poder acordar todas as manhãs aos seus braços, sempre protegida, sabendo que nada me prejudicará. Eu queria passar um dia inteiro de preguiça, abraçando você debaixo dos cobertores, assistindo um filme na tv, mas nem prestando atenção a ele, porque você estaria ao meu lado. Eu queria que tudo fosse bonitinho, fofinho, legalzinho, maravilhoso, FÁCIL, como é nos filmes, eu queria que esse final feliz existisse, eu queria ter o meu conto de fadas. Várias pessoas são assim, elas vivem num conto de fadas, pelo menos elas acham, elas veem as coisas cor-de-rosa, elas sempre têm potes de esperança sobrando, elas sempre acham amar a coisa mais preciosa e maravilhosa do mundo. É ótimo quando o amor aparece para essas pessoas, mas não, apareceu pra mim. Apareceu pra pessoa que menos acreditava nele, que sempre pensou que sofrer por alguém é bobagem, até que ela se apaixonou e sofreu. Até que EU me apaixonei e estou sofrendo. Só que eu escondo, eu até esqueço às vezes, pra ver se começo a viver, eu tento lembrar do quão é bom ver o seu sorriso, do quão bom é ver os seus olhos, do quão me faz feliz ver a sua felicidade. Parece idiotice, E É! Mas é isso, é o amor, e pior, é o AMOR PLATÔNICO. Seria tão bom cantar “When you look me in the eyes and tell me that you love me, everything is alright when you’re right here by my side.”, seria tão bom viver numa animação da Disney, numa história de Shakespeare, num poema de amor. Mas não… não é nada bom, a solidão não é confortável, só que você e todos já sabem a solução disso; é ter-te aqui comigo… mas adivinha, você não está. Eu não te culpo, nem teria como, por que você seria o culpado se fui eu a idiota a se apaixonar? Não faria sentido, não seria justo. Mas continua não sendo justo, não é justo eu me sentir assim. Só que eu não me importo mais, eu coloco um sorriso no rosto, eu vou a luta, eu acredito em mim, eu acredito nesse amor, e nunca pararei até eu conseguir te alcançar e te dizer pelo menos “If you’d hug me, all my pain is going away”, até eu sentir os seus braços se entrelaçando ao meu corpo, até eu finalmente conseguir sentir a sua presença e ver o seu sorriso, assim, na minha frente. Não importa se fosse por um, dois, três minutos… mas eu não me importaria também se pudesse ser pelo resto da minha vida.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012



Eu sempre odiei chorar. Sempre odiei mostrar meus sentimentos. Sempre odiei ser vista como fraca... por isso que eu sempre preferi esconder tudo, sabe, me esconder da minha tristeza e dos meus medos de infância. Eu sempre sofri quieta, sem que ninguém soubesse, porque é muito mais fácil vestir um sorriso no rosto do que falar sobre o que está acontecendo. E o que está acontecendo? Eu não sei, ninguém sabe. Tristeza, tristeza, tristeza, tristeza. Eu só vejo isso quando fecho os olhos, não consigo mais me olhar no espelho e não ver isso, na verdade, eu evito me olhar no espelho para evitar infelicidade. "Eu sou forte", sussurro a mim mesma, "...eu vou conseguir passar por isso sem nenhum vestígio de lágrimas". Porque não importa o quanto isso doa, ninguém nunca entenderá como eu me sinto... sem valor, sem futuro, sem esperanças, mas cheia de sonhos. E também não importa o quanto isso doa, passa, não passa? Claro que sim. Mas, vai precisar de quanto tempo pra passar essa minha vontade de morrer?

quarta-feira, 16 de maio de 2012


Eu costumava ir dormir para esquecer o mundo, para esquecer você. Mas agora, até em meus sonhos eu te encontro.

Eu não quero mais toda essa confusão na minha cabeça, é uma overdose de sentimentos, e eu não posso gritar para o mundo como eu me sinto. Drama adolescente, típico numa garota de 13 anos, com sonhos, morando em uma cidade pequena, anônima, que pensa grande e, sim, quer fazer algo interessante na vida. Não é tarde demais para isso, na verdade, olha ao seu redor… o mundo está aí pra você vivê-lo, você tem uma vida inteira pela frente. Apenas pare de pensar no que os outros irão pensar, pare de se preocupar se hoje você está de um jeito, e no outro você já é outra coisa. A vida é feita de mudanças, não é? As coisas mudam, as memórias não. Porque não importa se um dia você é uma menina doce, usando estampas liberty, cardigans, oxfords, vendo o lado bom das pessoas, e no outro dia você ligou o lado “dane-se” da vida, fazendo loucuras, tratando os outros de um modo diferente, sendo agressiva. Isso não importa, porque um dia, você acaba encontrando o que você veio fazer aqui no mundo. Você acaba encontrando e vai ver que seus problemas irão evaporar, como todas as lágrimas que você já chorou um dia, como todos aqueles sentimentos que te jurarem ser eternos, mas duraram uns 30 dias. Assim como a dor que você sentiu quando isso aconteceu, vai passar, eu sei que vai, sempre passa, sempre se vai, assim como tudo que vai em nossa vida

“Para ter lábios atraentes, diga palavras doces; para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas; para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos; para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia; para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho; pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas;lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo; a beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.” - Audrey Hepburn

Eu quero me desligar de todo o contato possível que eu tenho que ter com as pessoas, quero evitar ver mais coisas para não me ferir mais  ainda, eu quero parar de sorrir na frente dele enquanto o que eu mais quero é chorar e dizer "Ei, se liga, eu gosto de você". Eu quero sumir no meio dos meus cobertores, quero afundar na cama e viajar na imensidão dos meus sonhos, quero encontrar motivos para sair do meu ninho de aconchego e ir enfrentar o mundo lá fora. Quero acordar e perceber que tudo melhorou, mas quero que no final do dia continue tudo em ordem ainda. Eu não aguento mais ver ela te tocando, abraçando, passando a mão nos seus cabelos, enquanto eu mal posso encostar em você, eu não aguento mais observar você olhando pra ela de um jeito bobo, do mesmo jeito que olhava pra mim... eu não sinto dor, eu ainda não derrubei nenhuma lágrima; eu não sinto nada. Isso é normal? Porque eu mal consigo colocar em palavras o que eu estou sentindo no momento. Sem mais nenhuma palavra, nem mais textos que me fazem lembrar a ele, por favor, coração, tire ele daí, pois aí eu conseguirei o tirar da minha cabeça.
Ele olha pra mim, eu finjo um sorriso assim ele não vai ver que tudo que eu quero e preciso  tudo o que deveríamos ser. Aposto que ela é linda, a garota que ele fala e ela tem tudo que eu tenho que viver sem. Ele fala comigo, eu rio porque é muito engraçado, mas eu não consigo ver ninguém quando ele está comigo. Ele diz que está tão apaixonado, que ele finalmente acertou, eu me pergunto se ele sabe que ele é tudo que eu penso à noite.


quarta-feira, 9 de maio de 2012


Eu odeio ele. Eu odeio como ele olha para mim, eu odeio como ele olha para ela. Eu odeio como um sorriso bobo se abre em meu rosto ao ver o dele, eu odeio sentir algo tão forte por ele que nem eu mesma acredito às vezes. Eu odeio as piadas sem graças dele que me fazem rir por horas, eu odeio os olhos dele que fazem os meus se encherem de lágrimas. Eu odeio o modo como ele mexe no cabelo e faz aquela carinha de cachorro sem dono. Eu odeio como ele tem esse poder de fazer eu me encantar por ele a cada segundo que se passa; e eu odeio como as pessoas reparam nisso. Eu odeio como ele não enxerga o que eu sinto, mesmo estando estampado no meu rosto, eu odeio concordar em tudo com ele porque não tenho coragem de dizer não. Eu odeio como nossos ideias batem, eu odeio como nossos jeitos se encaixam, eu odeio nossos gênios ser parecidos, eu odeio nosso senso de humor ser o mesmo... eu odeio ter ele como uma alma gêmea para mim, e eu ser apenas uma irmã para ele. Eu odeio ter que me sentir desse jeito, eu odeio ver ele dando atenção a ela e não a mim, eu odeio quando ele não senta do meu lado e se esquece de dizer "tchau". Eu odeio o modo como eu não consigo odiar ele.

segunda-feira, 2 de abril de 2012


Eu nunca fui aquele tipo de menina que os garotos se derretem, muito menos se apaixonam. Nunca fui o tipo de garota que muda apenas para conquistar alguém, ou para me encaixar no padrão de beleza que determinam. Eu sou tímida, apenas nos primeiros 3 minutos em que conversarmos. Eu sou quieta, mas quando é necessário, palavras não param de sair pela minha boca. Eu sou séria, mas eu vou ser a pessoa mais palhaça do mundo se eu estiver à vontade com você. Eu nunca tive um padrão, nunca tive um estilo, sempre mudo de humor diariamente, sou chata para alguns e legal para outros. Não quero dar ouvidos ao mundo, porque eu sei que se eu ouvir o que todos tem para me falar, nada vai mudar, pois uma coisa que eu guardo e tenho orgulho disso, é a minha opinião própria. Eu sempre fui diferente, eu sempre tive mais amigos meninos do que meninas, não por segundas intenções - não mesmo! - apenas por preferir alguém para conversar que não fique falando sobre esmaltes, cabelos, unhas, ou o drama que sempre fazem por perderem o namoradinho de 3 semanas. Sempre tentei alegrar os outros os contando piadas idiotas quando eles não estão bem, sempre tentei ser eu mesma, mesmo os outros não gostando disso. Sempre evitei me definir, porque quem se define, se limita. 
"Querido diário, acho que está acontecendo coisas incríveis, mas dolorosas, acho que estou sentindo algo diferente, acho que estou apaixonada... na verdade, eu sei disso, e tenho mais certeza ainda quando eu observo-o. Mesmo assim, de longe, tentando alcança-lo e falhando nisso, a dor que eu sinto nem chega aos pés do tamanho do amor que eu sinto por ele. Eu o amo, querido diário, e isso está me matando, a distância está me matando. Pois parece que ela está se expandindo cada vez mais, e quanto mais ela aumenta, mais essa dor aumenta também. É algo inevitável, incontrolável, que faz eu passar noites, madrugadas em claro, apenas pensando nele... pensando e criando momentos em minha mente, que poderíamos e viver e reviver, de tão ótimos e prazerosos que seriam. Mas ainda são apenas momentos que insistem em ficar em minha cabeça, sem nenhum jeito de sair. Apenas fazendo eu me iludir mais e mais. Não está fácil, diário, mas sabe, eu continuo, porque eu sei que mesmo se eu perder essa luta, eu sairei com a cabeça erguida, porque eu lutei. Eu não desisti da pessoa que eu amava, eu não desisti do homem que faz a minha vida feliz. Mas eu também continuo, porque eu sei que, com forças, esperanças e acreditando, sim... isso pode se tornar real. Mas realmente, diário, fácil não está mesmo. Eu fico o admirando, imaginando o quão seria maravilhoso ter sua presença aqui, sentir seu calor, o aconchego de seus braços, o seu cheiro, o seu gosto, seu coração batendo no ritmo do meu... ambos bombeando um pelo outro. São palavras que me faltam, e tanto sentimentos me sobram... e os principais são o amor, a tristeza e a felicidade. Tristeza por não ter-lhe aqui, para me proteger desse mundo horrível, por não poder toca-lo e dizer todos os dias que o amo mais do que tudo. A felicidade por saber que ele existe, por mesmo estando longe ser o motivo dos meus sorrisos bobos e meus suspiros, por ser uma inspiração pra mim, por ser quem me dá força pra continuar correndo atrás do que eu desejo, que eu preciso, que no caso... é ele. É, diário, eu sei, chame o que você quiser, obsessão, platônico, besteira... mas não é besteira, é amor mesmo. O amor que me corroê, que sim, tem duas partes: a boa e a ruim, e agora a parte ruim veio para cima de mim, esfregando a realidade na minha cara, fazendo-me chorar toda noite, todo o segundo que eu não estou na presença dele. Eu o amo, diário, e eu sei que eu nunca senti isso antes. Algo tão delicado, que algumas vezes, apenas palavras ditas sobre o assunto, me destroem, ou até me animam, me fazendo sorrir e falar e falar. E isso que eu faço praticamente o dia inteiro: falo sobre ele, falo o quanto eu o amo, falo sobre o quanto esse amor cresce, falo sobre a perfeição que ele possui, falo como ele é tudo pra mim. É tanta necessidade, que mal cabe no meu coração, no meu corpo inteiro. É tanto amor, e ninguém consegue compreender isso, é quase sobrenatural, algo que nem todos conseguem sentir, que eu mesma só soube realmente o que era conhecendo-o. Mas agora, eu preciso que ele saiba de tudo isso que eu estou sentindo, nem que ele não corresponda, porque meu coração está transbordando de angústia e daqui a pouco meus olhos insistem em derramar sangue de tantas lágrimas que já foram derramadas. Desculpe-me, diário, eu precisava de um desabafo, e você e as palavras são os únicos que podem me "ouvir" agora, mas quem iria tirar totalmente essa dor do meu coração, é ele. A pessoa a quem estou escrevendo agora, a quem estou amando como nunca amei antes, que estou necessitando como nunca necessitei algo ou alguém. Três palavras, quinze letras, um garoto: Zayn Jawaad Malik. Também, três palavras, vinte e quatro letras, uma garota, uma iludida sonhadora: Camila Aparecida Fernandes."

Chega um dia,

Em que você começa a observar a sua vida, que você olha pra ela e fala "Mas que porra é essa?" Sim, esses dias existem, mas passam. Sim, podem demorar, dias, meses, anos. Mas irá passar. Até porque, tudo passa, não é? Pessoas passam pela sua vida, amores, sentimentos, dores, sorrisos, momentos. Vai ter um dia em que você não irá querer sair da cama, só quer ficar debaixo do chuveiro, sentindo a água  deslizar sobre a sua pele, fazendo com que elas se confundam com suas lágrimas. Vai ter um dia em que você vai dizer que a sua vida é uma merda, mesmo não sabendo o motivo disso. Talvez até saiba, mas os outros nunca te entenderão. Nós crescemos, perdemos nossas bochechas rosadas, perdemos o olhar o inocente que tínhamos, perdemos a atenção que tínhamos antes apenas por dizer um "mama" ou "papa". É inevitável, mas necessário. Porque, apesar de ser ruim, crescer pode ser bom. Vai chegar um dia em que você se sentirá triste, segundos depois brava, depois revoltada, mais tarde dramática, depois irá se denominar bipolar, mas não, isso é normal, apesar de parecer anormal. Um dia você vai ver que mais nenhuma palavra serve pra descrever o que você está sentindo, procure não dizer nada, pois é observando o nada, é quando a gente pensa em tudo.

Sweet Alice

Era um inverno, um doce inverno, assim como ela gostava. Gostava de sentar no banco do parque, observar as folhas das árvores caindo, gostava de sentir a leve brisa bater em seu rosto, como se anjos estivessem o acariciando. Alice, esse era o seu nome. Alice que desejava estar no país das maravilhas, mas infelizmente, quando abria os olhos, só enxergava a realidade. A doce moça-menina tinha uma frase que levava com ela a vida inteira: "O amor, é a movimentação estática rotina, explosão na calmaria, luar ao amanhecer." Mas o único problema? Alice, uma menina tão doce, uma menina bordada de flores, nunca soube o que era isso, o amor. Passou dias perdidos, noites acordadas, tentando encontrar o significado dessa simples palavra e desse grande sentimento. Seu coração era egoísta então? Não. Seu coração era apenas livre, ocupava lugar com coisas simples, mas importantes. Seu coração nunca conhecera o amor, ele só conhecia sonhos, esperanças, velhas e boas lembranças. E com esperanças, ela aguardava tranquilamente por esse sentimento, não se importando com o mundo. Pois, como o grande Caio Fernando de Abreu já dizia, "Talvez tudo, talvez nada. Porque era cedo demais e nunca tarde."