Ei! Então, lá vem eu com esse papinho de “quanto tempo eu não lhe escrevo”, mas é, faz muito tempo que eu não faço isso. Meses… mas parece muito mais do que isso. Talvez eu até esteja um pouco orgulhosa de mim por não lhe escrever esse tempo todo, contando que eu escrevia pra você quase todos os dias. Eu desisti? Não, não mesmo. Até porque eu desconheço o significado dessa palavra, ainda mais quando é direcionada a… ‘isso’, digamos. “Isso”, porque eu não sei mais do que o nomear…. amor? Obsessão? Loucura? Ódio, talvez? Ilusão? Sonho. Esse sonho, me perseguindo à 2 anos, anos estressantes, anos de tédio, anos de lágrias, anos de ilusões. A ilusão de sonhar em ter-te aqui, a ilusão de sonhar que quando eu acordar, a primeira coisa que eu veria seria o seu rosto. Eu odeio isso, eu odeio te amar, eu odeio te amar a ponto de tentar te odiar. Entende isso? Nem eu, por isso que eu não aguento mais isso. Eu não me entendo mais, menos do que entendia antes. Eu não sei mais o que eu estou sentindo, não sei mais o que eu estou falando, não sei mais controlar meus pensamentos. Eu não deveria estar fazendo isso, jogando tudo pra fora, como as pessoas dizem. Porque, ao contrário do que elas falam, isso é horrendo. Não te faz esquecer, muito menos resolve alguma coisa… só te faz lembrar de tão merda que isso é e te deixa pior ainda. Chorando, debaixo dos cobertores, tentando se aquecer nesse frio de julho, tentando desviar meu pensamento de você aqui pra levar esse frio embora, soluçando entre as lágrimas, pensando em milhares de coisas, mas coisas que sempre me levam a uma pessoa: você. Eu nem sei mais se meus textos se referem a você, ou o que eu sinto e odeio sentir isso. Os dois, talvez. Eu juro, eu já tentei te odiar… mas quem disse que funciona? Eu já tentei te odiar, eu já disse que te odeio, eu já te odiei, mas sei lá, por uns minutos? Mas o único motivo por eu ter sentido isso, foi porque eu te amo mais do que qualquer coisa nesse momento. Porque não importa o que eu esteja fazendo, algo sempre me faz lembrar de você. Mas de um modo bom, um modo que me deixa feliz, um modo que me faz rir igual uma boba só de lembrar dessa sua carinha. Eu me lembro a primeira vez que eu vi ela, eu sabia que eu não devia me importar, eu sabia que eu não devia me envolver, eu sabia que eu ia arranjar problema… mas parece que essas coisas me atraem: coisas que fazem acabar com a minha vida. Eu me importei, eu me envolvi, eu me meti em problema, EU ME APAIXONEI. Eu nem por um segundo desviava o meu pensamento de você, nem por um segundo eu quis isso, mas agora, eu quase imploro pra acontecer isso, pra você sair da minha cabeça; e do meu coração. Eu queria poder te fazer rir, eu queria poder ouvir essa risada bem perto de mim, eu queria poder acordar todas as manhãs aos seus braços, sempre protegida, sabendo que nada me prejudicará. Eu queria passar um dia inteiro de preguiça, abraçando você debaixo dos cobertores, assistindo um filme na tv, mas nem prestando atenção a ele, porque você estaria ao meu lado. Eu queria que tudo fosse bonitinho, fofinho, legalzinho, maravilhoso, FÁCIL, como é nos filmes, eu queria que esse final feliz existisse, eu queria ter o meu conto de fadas. Várias pessoas são assim, elas vivem num conto de fadas, pelo menos elas acham, elas veem as coisas cor-de-rosa, elas sempre têm potes de esperança sobrando, elas sempre acham amar a coisa mais preciosa e maravilhosa do mundo. É ótimo quando o amor aparece para essas pessoas, mas não, apareceu pra mim. Apareceu pra pessoa que menos acreditava nele, que sempre pensou que sofrer por alguém é bobagem, até que ela se apaixonou e sofreu. Até que EU me apaixonei e estou sofrendo. Só que eu escondo, eu até esqueço às vezes, pra ver se começo a viver, eu tento lembrar do quão é bom ver o seu sorriso, do quão bom é ver os seus olhos, do quão me faz feliz ver a sua felicidade. Parece idiotice, E É! Mas é isso, é o amor, e pior, é o AMOR PLATÔNICO. Seria tão bom cantar “When you look me in the eyes and tell me that you love me, everything is alright when you’re right here by my side.”, seria tão bom viver numa animação da Disney, numa história de Shakespeare, num poema de amor. Mas não… não é nada bom, a solidão não é confortável, só que você e todos já sabem a solução disso; é ter-te aqui comigo… mas adivinha, você não está. Eu não te culpo, nem teria como, por que você seria o culpado se fui eu a idiota a se apaixonar? Não faria sentido, não seria justo. Mas continua não sendo justo, não é justo eu me sentir assim. Só que eu não me importo mais, eu coloco um sorriso no rosto, eu vou a luta, eu acredito em mim, eu acredito nesse amor, e nunca pararei até eu conseguir te alcançar e te dizer pelo menos “If you’d hug me, all my pain is going away”, até eu sentir os seus braços se entrelaçando ao meu corpo, até eu finalmente conseguir sentir a sua presença e ver o seu sorriso, assim, na minha frente. Não importa se fosse por um, dois, três minutos… mas eu não me importaria também se pudesse ser pelo resto da minha vida.
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