quarta-feira, 16 de maio de 2012


Eu costumava ir dormir para esquecer o mundo, para esquecer você. Mas agora, até em meus sonhos eu te encontro.

Eu não quero mais toda essa confusão na minha cabeça, é uma overdose de sentimentos, e eu não posso gritar para o mundo como eu me sinto. Drama adolescente, típico numa garota de 13 anos, com sonhos, morando em uma cidade pequena, anônima, que pensa grande e, sim, quer fazer algo interessante na vida. Não é tarde demais para isso, na verdade, olha ao seu redor… o mundo está aí pra você vivê-lo, você tem uma vida inteira pela frente. Apenas pare de pensar no que os outros irão pensar, pare de se preocupar se hoje você está de um jeito, e no outro você já é outra coisa. A vida é feita de mudanças, não é? As coisas mudam, as memórias não. Porque não importa se um dia você é uma menina doce, usando estampas liberty, cardigans, oxfords, vendo o lado bom das pessoas, e no outro dia você ligou o lado “dane-se” da vida, fazendo loucuras, tratando os outros de um modo diferente, sendo agressiva. Isso não importa, porque um dia, você acaba encontrando o que você veio fazer aqui no mundo. Você acaba encontrando e vai ver que seus problemas irão evaporar, como todas as lágrimas que você já chorou um dia, como todos aqueles sentimentos que te jurarem ser eternos, mas duraram uns 30 dias. Assim como a dor que você sentiu quando isso aconteceu, vai passar, eu sei que vai, sempre passa, sempre se vai, assim como tudo que vai em nossa vida

“Para ter lábios atraentes, diga palavras doces; para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas; para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos; para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia; para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho; pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas;lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo; a beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no corpo que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.” - Audrey Hepburn

Eu quero me desligar de todo o contato possível que eu tenho que ter com as pessoas, quero evitar ver mais coisas para não me ferir mais  ainda, eu quero parar de sorrir na frente dele enquanto o que eu mais quero é chorar e dizer "Ei, se liga, eu gosto de você". Eu quero sumir no meio dos meus cobertores, quero afundar na cama e viajar na imensidão dos meus sonhos, quero encontrar motivos para sair do meu ninho de aconchego e ir enfrentar o mundo lá fora. Quero acordar e perceber que tudo melhorou, mas quero que no final do dia continue tudo em ordem ainda. Eu não aguento mais ver ela te tocando, abraçando, passando a mão nos seus cabelos, enquanto eu mal posso encostar em você, eu não aguento mais observar você olhando pra ela de um jeito bobo, do mesmo jeito que olhava pra mim... eu não sinto dor, eu ainda não derrubei nenhuma lágrima; eu não sinto nada. Isso é normal? Porque eu mal consigo colocar em palavras o que eu estou sentindo no momento. Sem mais nenhuma palavra, nem mais textos que me fazem lembrar a ele, por favor, coração, tire ele daí, pois aí eu conseguirei o tirar da minha cabeça.
Ele olha pra mim, eu finjo um sorriso assim ele não vai ver que tudo que eu quero e preciso  tudo o que deveríamos ser. Aposto que ela é linda, a garota que ele fala e ela tem tudo que eu tenho que viver sem. Ele fala comigo, eu rio porque é muito engraçado, mas eu não consigo ver ninguém quando ele está comigo. Ele diz que está tão apaixonado, que ele finalmente acertou, eu me pergunto se ele sabe que ele é tudo que eu penso à noite.


quarta-feira, 9 de maio de 2012


Eu odeio ele. Eu odeio como ele olha para mim, eu odeio como ele olha para ela. Eu odeio como um sorriso bobo se abre em meu rosto ao ver o dele, eu odeio sentir algo tão forte por ele que nem eu mesma acredito às vezes. Eu odeio as piadas sem graças dele que me fazem rir por horas, eu odeio os olhos dele que fazem os meus se encherem de lágrimas. Eu odeio o modo como ele mexe no cabelo e faz aquela carinha de cachorro sem dono. Eu odeio como ele tem esse poder de fazer eu me encantar por ele a cada segundo que se passa; e eu odeio como as pessoas reparam nisso. Eu odeio como ele não enxerga o que eu sinto, mesmo estando estampado no meu rosto, eu odeio concordar em tudo com ele porque não tenho coragem de dizer não. Eu odeio como nossos ideias batem, eu odeio como nossos jeitos se encaixam, eu odeio nossos gênios ser parecidos, eu odeio nosso senso de humor ser o mesmo... eu odeio ter ele como uma alma gêmea para mim, e eu ser apenas uma irmã para ele. Eu odeio ter que me sentir desse jeito, eu odeio ver ele dando atenção a ela e não a mim, eu odeio quando ele não senta do meu lado e se esquece de dizer "tchau". Eu odeio o modo como eu não consigo odiar ele.